Você que fica indignado com os casos de trabalho infantil que aparecem às vezes na mídia e pensa que esse abuso é algo recente, está bem enganado.
Este duro método era aplicado com muita simplicidade em 1900 nos Estados Unidos, onde as crianças viviam como verdadeiros escravos no minério e na indústria, bem longe das escolas.
O National Child Labor Committee (Comitê Nacional do Trabalho Infantil) fundado em 1904 para acabar de vez com a prática criminosa, não estava tendo o resultado esperado com suas ações. Logo, em 1908, eles tiveram a idéia de investigar e registrar as crianças trabalhando com a ajuda do fotógrafo Lewis Hine.
Durante oito anos, Hine viajou boa parte do território norte-americano, clicando meninos e meninas trabalhando com carvão nas minas de Pensilvânia e os pequenos funcionários das fábricas de algodão na Geórgia e Alabama.
Em muitas vezes, os chefes das empresas não deixavam Hine entrar, pela repercussão regional que as fotos já tinham, assim ele escondia sua câmera e fingia ser um inspetor de incêndio. Para poder fotografar, inventava uma desculpa para entrevistar as crianças.
Todo o material, entre os dados e as exposições fotográficas foram usados como armas para sensibilizar a opinião pública norte-americana.
Após a revelação das fotos, em 1916, o Congresso americano redigiu uma legislação de proteção à criança. No Ato de Keating-Owen, várias restrições foram colocadas no emprego de crianças com 14 anos ou menos em fábricas e lojas.
Nas imagens é possível ver como a infância foi perdida para a responsabilidade de ter que trabalhar tão cedo nos tristes rostos das crianças.