Um caso chamou a atenção da internet nas últimas semanas: um casal americano processou o próprio filho, Michael, desempregado e com 30 anos, pois ficaram fartos dele ainda morar com os pais, e não é que eles ganharam essa?
Mark e Cristina Rodolfo se viram sem alternativa depois de darem ao filho dinheiro para ele viver sozinho, sem depender de ninguém, para continuar a escrever cartas sob notícias legais, para que assim, o homem crescesse.
“Michael, depois de uma discussão com sua mãe, decidimos que você deve sair desta casa imediatamente”, diz a primeira carta, datada de 2 de fevereiro.
A carta conclui: “Você tem 14 dias para desocupar o local. Faremos o que for necessário para aplicar essa decisão”.
Um tempo depois, ofereceram ao filho um valor de US$ 1.100 para encontrar um lugar, além de darem muitos conselhos sobre como organizar coisas que ele precisa para o trabalho, e também sobre como deixar o apartamento em ordem.
Os pais simplesmente imploraram pra ele ganhar dinheiro: “Há empregos disponíveis mesmo para aqueles com histórico de trabalho ruim como você. Consiga um – você tem que trabalhar!”
Michael estava irredutível e não tinha acordo, ele queria continuar morando com os pais mais um tempo, até que um juiz ‘forçou-o’ a encarar uma vida adulta, e o rapaz não gostou disso.
“É realmente injusto e ultrajante para mim“, relatou Michael, que diz ser um empresário e até chegou a ter o próprio filho, mas teve a guarda da criança tomada.
“Eu realmente não quero ficar lá”, ele disse ao The Post enquanto esperava o ônibus depois de sua derrota na corte. “Estou tentando sair de lá há muito tempo. Eles pararam de me alimentar e me cortaram do plano de telefone da família”.
Quando Michael foi questionado se os pais apenas não estavam fazendo aquilo para dar o melhor a ele (a independência), o filho deu uma resposta como se fosse uma criança que acabara de receber uma bronca: “Eu não acho que tentar destruir alguém é o melhor para alguém”.
O caso ficou sério mesmo no dia 7 de maio, quando Cristina perdeu a paciência e recorreu à Suprema Corte do Condado de Onondaga, como última tentativa para expulsar o filho de casa.
O filho teimoso, prestes a completar 31 anos e vivendo os últimos oitos na casa dos pais, não saiu por livre e espontânea vontade. O dinheiro que os pais ofereceram a Michael, o rapaz admite que usou para pagar contas, ao invés de se mudar.
Cartas que os próprios pais escreviam para o filho não paravam de chegar na residência, em uma delas, eles se propuseram até a pagar o conserto total do automóvel de Michael.
Quando houve processo, as coisas só pioraram e Michael contra atacou, alegando que seus pais, obrigatoriamente, deveriam dar a ele 6 meses para sair da casa.
O juiz Donald Greenwood ordenou que o advogado dos pais, Anthony Adorante, redigisse uma ordem delineando os termos para que ele saísse, mas permitiu que Michael permanecesse na casa até que a data oficial da saída fosse marcada.
Os pedidos de Michael quase foram atendidos, mas, pelo menos, ele conseguiu ganhar mais três meses na casa dos pais.
Logo após esse ocorrido, o filho conta que viu brevemente os pais: “Eles estavam quietos. É estranho”. Quando foi perguntado sobre o que acha da atitude de Mark e Cristina, Michael afirma: “Eles são um ponto discutível para mim. No momento, estou preocupado com o que é melhor para mim”.
Em 2017, Michael processou a Best Buy em um valor de US $ 338,5 mil por demiti-lo dois anos antes por não trabalhar aos sábados. Esse caso ainda está pendente.