O que é normal? O que não é? É difícil encontrar uma linha de raciocínio que, ao menos, nos guie para ter uma resposta para essas perguntas, já que a ‘normalidade’ vem de padrões e comportamentos alimentados ao longo dos anos pela sociedade e podem englobar diversos fatores.
E isso faz com que muitos ‘preconceitos’ passem a ser criados, um exemplo simples: quantas vezes já não desconfiamos de alguém por estar vestido de um jeito peculiar, com um corte de cabelo diferente ou qualquer coisa que fuja do que consideramos ser normal? A aparência não tem relação nenhuma com a essência humana, mas, ainda é uma dura tarefa fazer com que as pessoas enxerguem isso.
O mundo atual é baseado naquilo que vimos, que ostentamos, nas marcas de roupas que as pessoas vestem, o quanto consomem e o que consomem, fazendo com que tudo isso nos ‘cegue’ sobre a verdadeira essência de alguém. O que realmente importa é o que fazemos, como fazemos, e não o que falamos ou aparentamos ser para os outros.
Nos núcleos familiares isso é ainda mais evidente, já que quem contesta, ousa, enfrenta, faz diferente daquilo que todos os membros da família acham normal, recebe o apelido de ‘ovelha negra’. A verdade é que ninguém é obrigado a manter um casamento que não dá certo, ou vestir determinado estilo de roupa só porque entre os parentes foi assim que a coisa funcionou, muito pelo contrário, os que nascem com essa ‘diferença’ promovem, mesmo sem saber, um avanço na família, expandindo horizontes e encorajando os sem coragem.
Com isso, é preciso ter muito cuidado para julgar de ovelha negra quem já foi julgado por pessoas da própria família, já que só a convivência será capaz de mostrar a essência de cada um. Na maioria dos casos, essas pessoas não quiseram seguir as regras e tradições do grupo familiar, mas sim, caminhar ouvindo as batidas do próprio coração. Trata-se, enfim, de alguém que não se permitiu ser aceito pelos outros em troca da própria felicidade.