Já imaginou uma enciclopédia de 500 páginas mostrando uma série de plantas utilizadas pelas tribos indígenas para fins medicinais, escrita pelos próprios xamãs?
É exatamente isso que aconteceu com o povo Matsés do Brasil e do Peru, que se uniram na criação desse livro como objetivo de preservar os conhecimentos ancestrais. De acordo com Christopher Herndon, presidente e co-fundador da Acaté, essa é a “primeira vez que xamãs de uma tribo da Amazônia criaram uma transcrição total e completa de seu conhecimento medicinal, escrito em sua própria língua e com suas palavras”.
A enciclopédia foi lançada apenas na língua nativa para garantir que as receitas não sejam roubadas por empresas ou pesquisadores. A enciclopédia funciona, na verdade, como um guia para a formação de jovens xamãs.
Para que este conhecimento e tradição sejam preservados e disseminados, a Acaté também criou um programa de orientação para conectar os xamãs Matsés com jovens estudantes.
Xamã Matsé César
Christopher Herndon e o xamã Arturo lendo o rascunho da enciclopédia
Arturo e um aprendiz
Encontro de chefes Matsés
Uma aplicação medicinal
Lendo a enciclopédia
Aldeia dos Matsés
O Xamã apresentando uma das plantas medicinais