Marcelo Miranda é professor de geografia do Instituto Federal de Educação (IFPE) e desenvolveu mapas que contam com uma textura física para ajudar deficientes visuais a aprenderem sobre a matéria, de acordo com informações do G1.
Pelo toque e texturas diferentes, os alunos com a deficiência conseguem identificar os países. Foram usados botões, papelão, lã e outros objetos de diversas texturas para compor todo o mapa, além da legenda com pontos para que consigam compreender o que está escrito.
“A produção, a confecção, o baixo custo, inclusive, revelam uma curiosidade sobre o povo. As pessoas, às vezes na pressa, na opção de aproveitar as coisas que já estão prontas, acabam por não produzirem, não adaptarem, não criarem coisas como essa. Simples, mas de efeito muito intenso na pessoa que está estudando, tem a deficiência visual e que precisa dessas informações”, conta ele.
“A teoria é muito diferente do concreto. A gente pegando, sentindo, a gente lendo, é muito mais fácil de poder entender qualquer que seja a explicação que recebemos de algum professor”, revela. O diferencial também é que cada textura pode ser usada para identificar lugares e vegetação e ainda conta com cores diferentes para os casos de pessoas com baixa visão apenas.
O evento foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e segundo a pedagoga, mais políticas de inclusão na educação devem ser implementadas. “A inclusão não é só você incluir fulano, é você socializar, fazer com que ele participe direta e indiretamente qualquer situação. Porque, afinal, a educação é um direito de todos”, disse.
Marcelo foi homenageado no Dia do Professor no auditório da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, que contou também com alguns alunos do professor para prestarem a homenagem.