No jogo que basicamente definiu o título brasileiro para o Palmeiras – contra o América-MG -, o atacante Deyverson roubou a cena mais uma vez, pulando para a comemoração e simplesmente voando sobre os atletas antes de se espatifar no chão. E ele não foi só um maluco-beleza, já que no jogo seguinte, o do título do Campeonato Brasileiro da Série A, ele fez o gol da vitória.
Então além de Deyverson, vamos lembrar de mais quatro jogadores da pá virada que marcaram época e também traziam resultados para sua equipe. Não é só loucura não. São várias as razões para eles serem citados aqui.
Muteba Kidiaba
É capaz que o torcedor do Internacional odeie mais o goleiro Kidiaba que Renato Gaúcho ou qualquer outro ídolo do Grêmio. Caso você não lembre, ele era o goleiro do Mazembe, time africano que disputou o Mundial de Clubes de 2010 e venceu o Inter na semifinal.
Todo mundo sabia antes do jogo que Kidiaba comemorava os gols da equipe sentando no chão e quicando para lá e para cá, da forma mais patética possível. Uma boa forma de evitar isso seria vencendo o Mazembe. O Inter foi lá e perdeu por 2 a 0, em uma das poucas vezes que o time brasileiro não foi até a final do Mundial. Kidiaba ficou eternizado nas nossas memórias.
César Maluco
Poderia citar Paulo Nunes, Viola e até Edmundo, mas aqui vale citar César Maluco, que não ganhou seu apelido à toa. Primeiro de tudo, ele jogava demais, sendo o segundo maior artilheiro da história do Palmeiras, com 182 gols.
A razão para o apelido era sua atitude tresloucada em campo, brigando por bolas e chamando a torcida para jogar junto. Na hora do gol, ele ia para a galera. Logo um torcedor chamou ele de Maluco e ficou assim. As longas madeixas também ajudavam a compor o personagem, que fazia parecer Ademir da Guia seu avô.
Mario Balotelli
Conhecido como Super Mario, nem a versão do videogame aprontaria tanto quanto o atacante italiano. Atrasos, brigas com jogadores rivais, apresentações fora de forma e uma confiança em seu futebol que nunca foi justificada.
Balotelli garantiu sua vaga nesta lista em um clássico contra o Manchester United que terminou 6 a 2 para o seu time à época, o City. Pelo visto cansado de “perseguições”, ele fez um gol, levantou a camisa do time por baixo tinha outra camiseta escrita “por que sempre eu?”
Porque você é completamente maluco, Mario Balotelli.
Rene Higuita
O goleiro colombiano é um eterno. Não necessariamente por coisas boas, mas enfim. Goleiro com grande elasticidade, boa saída com os pés, completamente imprevisível e com um bigode e cabelo carismáticos e uniforme mais ainda.
Um bom momento: seu escorpião, defesa totalmente acrobática e nada eficiente, que ele fez em pleno estádio de Wembley contra a Inglaterra. Além dos títulos pelo Atlético Nacional.
Um péssimo momento: ele sair jogando com os pés em pleno mata-mata da Copa do Mundo, perder a bola e dar o gol para Roger Milla. O jogo ficou empatado e a Colômbia perdeu na prorrogação.
Deyverson
Quando Deyverson chegou, ele logo foi colocado de lado por viver fase técnica bastante ruim. Parece até que ele viu alguns vídeos de Cesar Maluco e resolveu ganhar inspiração. Com Felipão ele ligou o 220, começou a provocar rivais, chamar a torcida para jogar com ele e fazer gols.
Foram nove no Brasileiro, muitos deles vitais na recuperação e conquista alviverde, especialmente o da vitória contra o Vasco no jogo que decidiu o campeonato. As expulsões foram um óbvio aspecto negativo, mas a declaração “às vezes solta um chip da minha cabeça” só serviram para o torcedor gostar ainda mais dele.