Ed Stafford é um ex-soldado britânico que, desde que se aposentou, adora realizar seus maiores sonhos, ele, inclusive, foi o primeiro ser humano a atravessar toda a extensão do Rio Amazonas caminhando.
Recentemente, ele topou participar do programa ’60 Days on the Street’ (60 dias nas ruas), criado pela emissora Channel 4, onde o objetivo principal era tentar entender como é a vida de um mendigo e o que faz com que as pessoas vivam daquela maneira. Stafford, entretanto, não imaginou que iria descobrir o que acabou descobrindo.
Na verdade, a realidade dos moradores de rua, por lá, é bem diferente da que ele pensava, a começar pela comida: “Eu fiquei chocado com a quantidade de comida que havia disponível. Eu pensei que fosse perder muito peso, a ponto de ser difícil resistir fisicamente. Mas na verdade há muita gente querendo ajudar, em todas as três cidades (Glasgow, Manchester e Londres)”, afirmou.
Dinheiro, por incrível que pareça, também não foi um problema, já que em uma única tarde conseguiu arrecadar de 100 a 200 libras: “Isso é mais do que uma pessoa consegue trabalhando em um emprego comum”, disse Stafford.
Outro ponto que chamou a atenção do ex-soldado é o fato de que durante o experimento ele percebeu que muita gente estava disposta a ajudar. Um mendigo, por exemplo, certo dia, estava com mais de 20 voluntários em torno dele oferecendo ajuda. No Facebook, contou que chegou a ganhar 5 quilos e foi avisado de que poderia desenvolver doenças cardíacas se continuasse com aquela alimentação pesada.
Visualizar esta foto no Instagram.Tonight at 9pm on @channel4 is the second episode of #60DAYSONTHESTREETS. This time I’m in London.
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Ele chegou a afirmar que existem muitos ‘falsos moradores de rua’ que fingem estar nessa situação só para conseguirem arrecadações. Os maiores motivos para os mendigos estarem nas ruas são os mesmos: drogas, álcool e outros vícios.
Assim como no Brasil, por lá também há órgãos que oferecem abrigos e alojamentos, entretanto, muitos mendigos preferem as ruas, pois com a taxa que precisam pagar para se alojarem (mesmo que simbólica), usam o dinheiro para deixar o vício alimentado.