Na minha opinião, essa foi a maior perda que tivemos esse ano.
Oscar Niemeyer era carioca e nasceu em 1907. Ele foi, sem sombra de dúvidas, o maior símbolo da arquitetura brasileira – e era reconhecido em muitos outros países que tiveram a honra de abrigar criações do mestre. Alguns dos maiores e mais impressionantes projetos arquitetônicos do Brasil levam o seu nome como assinatura, e mostram muito bem as suas características, como a liberdade do traço.
Oscar Niemeyer chegou a se exilar na França durante o período da ditadura no Brasil, época em que aproveitou para conhecer a URSS e parte de seus líderes socialistas. Pouco tempo depois do exilo, ele recebeu um convite para lecionar arquitetura na Yale (uma das maiores e mais seletas universidades do mundo), mas teve seu visto negado por ser comunista. Apesar disso, existem projetos seus nos Estados Unidos, como a Sede das Nações Unidas (feita em parceria com Le Corbusier).
Ele foi o primeiro brasileiro a vencer um Pritzker (prêmio arquitetônico mais importante do mundo).
Ele foi um gênio, isso é inegável. Um gênio que nos maravilhou com sua visão única durante 104 anos – e que nos deixou trabalhos como Brasília, o Parque do Ibirapuera (SP), o Edifício COPAN (SP) e o Museu Oscar Niemeyer, entre dezenas de outras obras importantíssimas no país.
E essa é a nossa singela homenagem. Adeus, Oscar Niemeyer.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”
Aqui, algumas de suas obras mais importantes, que merecem serem lembradas: