A internet está cheia de pessoas más intencionadas que só aparecerem para ofender e humilhar os outros e, na maioria das vezes, se escondem nas sombras do anonimato por não ter coragem de mostrar quem é. Nem mesmo crianças escapam do tratamento odioso que alguns fazem questão em espalhar pelas redes.
Recentemente Sophia, de 9 anos, foi vítima dessas pessoas e sua foto foi parar no Twitter para promover o aborto, quase que instantaneamente sua mãe começou uma guerra contra o discurso de ódio que sua filha acabara de sofrer.
A garota nasceu com deformidades na face, nos pés e nas mãos, até que com um mês de vida foi diagnosticada com a síndrome de Rett, um distúrbio cerebral que afeta a linguagem e as funções motoras das crianças, com isso, Sophia precisa dos cuidados dos familiares 24 horas por dia.
“Ela já fez 22 cirurgias”, disse Weaver à CNN. “Ela tem um tubo de alimentação, um saco de colostomia e sofre constantemente de convulsões e engasgos por causa das deformidades e da síndrome de Rett”.
Weaver ainda diz que quando começou a falar mais sobre a condição da menina, foi atacada na internet: “Essas pessoas te procuram só para querer te machucar”, disse a mãe.
“Há pessoas que se esforçam para garantir que você veja a crueldade delas. Algumas pessoas já me disseram até para matar minha filha, e com isso acabar com seu sofrimento.”
“Uma pessoa até compartilhou a foto de Sophia, juntamente com um parágrafo apoiando o aborto coagido, e ainda me marcaram no Twitter.” completou.
“Eu a bloqueei, e fiz a denúncia, mas o Twitter me enviou uma mensagem dizendo que o post não violava nenhuma de suas políticas.”
Após um período o tweet ainda estava em alta com o responsável pela publicação (perfil anônimo) atacando Weaver e seus seguidores.
O tweet original com a foto de Sophia anexada a ele continuava assombrando Weaver. Ela pediu às pessoas para denunciá-lo e até mesmo contar sua história para uma estação de notícias local, esperando colocar pressão suficiente no Twitter e derrubar tudo. Após cerca de uma semana e meia de cobertura sem interrupções, Weaver recebeu outra mensagem do Twitter. Eles pediram desculpas, removeram o post ofensivo e suspenderam a conta de onde veio a agressão.
Após o pior passar, a mulher começou a falar sobre a maneira em que o twitter analisava os tipos de conteúdos publicados na rede social: “O Twitter precisa adicionar uma categoria para as pessoas com deficiência em seus relatórios de violação”, disse ela. “Caso contrário, mais e mais pessoas iriam continuar a impor o ódio contra as pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência.”
Com isso o porta-voz da empresa divulgou para a CNN a nova “política de conduta odiosa” da plataforma. E ela diz: “Você não pode promover violência contra ou atacar ou ameaçar diretamente outras pessoas com base em raça, etnia, nacionalidade, orientação sexual, gênero e identidade de gênero, afiliação religiosa, idade, deficiência ou doença.” “ Todas essas considerações são levadas em conta ao analisar as violações relatadas das Regras do Twitter”, disse o porta-voz.
O amor vence tudo!