Você já parou pra pensar que muitas coisas estranhas acontecem no mundo, inclusive com pessoas? Todos os dias o mundo ganha milhares de habitantes, um diferente de outro, entretanto, em alguns casos, essas diferenças são maiores do que possamos imaginar, como estes casos a seguir:

01. Francesco Lentini

Nascido na Itália, em 1889, ficou conhecido como ‘Homem de Três Pernas’, pois ele deveria ter tido um irmão gêmeo, mas, durante a formação dos embriões algo não correu bem e o corpo do gêmeo se fundiu em sua espinha dorsal, fazendo-o nascer com três pernas.

A família se recusou a cuidar de Francesco, que logo foi encaminhado para um orfanato de crianças deficientes e lá ele passou a ser um garoto feliz, pois percebeu que haviam crianças ali que não podiam falar, enxergar, então, chegou a conclusão que seu problema não era tão sério e podia apreciar as belezas do mundo. Francesco conseguiu, aos poucos, aprender a usar seu corpo, ele andava de bicicleta e jogava futebol até os 8 anos, quando partiu para os EUA e se tornou artista de circo.

Francesco logo se tornou uma atração popular no país e com o dinheiro arrecadado nos shows ajudava pessoas a lidar com seus problemas. Aos 30 anos, Francesco tornou-se cidadão dos EUA e se casou com Theresa Murrey. Eles tiveram 4 filhos saudáveis. Francesco morreu com 77 anos. Ele continuou fazendo shows por toda a sua vida.

02. Christian Heinrich Heineken

Nasceu em 1721, em Lübeck, Alemanha, filho de pai artista e arquiteto (Paul Heineken) e mãe artista e alquimista (Catharina Heineken), aos 10 meses de idade já conseguia falar e formar frases completas.

Sua memória era algo fora do comum e com apenas 1 ano de idade já citava o Novo Testamento em Latim. Com 3 anos, deu uma palestra sobre a história dinamarquesa nos tempos de Frederico IV e foi sucesso absoluto pela riqueza nos detalhes dos acontecimentos, chamando a atenção de todos. Infelizmente, Christian morreu aos 4 anos, pois era intolerante a glúten, como a doença na época nunca havia sido estudada e descoberta, seus pais o alimentavam diariamente com cereais.

03. Petrus Gonsalvus

A história da Bela e a Fera é uma das mais conhecidas e amadas dos contos de fada, entretanto, pouca gente sabe que ela teve inspiração de uma história real. Foi em 1537 que tudo começou, lá em Tenerife, na Espanha, quando nasceu um bebê com o corpo coberto de pelos, o pequeno Petrus.

Naquela época, sem conhecimento e tecnologia, os pais acharam que a criança tinha alguma doença demoníaca e ao completar 10 anos, Petrus foi vendido pelos pais para piratas franceses, que logo o nomearam de ‘O Homem da Floresta’ e foi entregue como presente para Henri II, Rei da França.

Henri percebeu que o garoto era muito inteligente e conseguia aprender a língua francesa rapidamente, então, garantiu que a criança tivesse uma boa educação e quando morreu, Petrus ficou sob os cuidados da rainha, Catarina de Médici, que, inclusive, incentivou Petrus a se casar com a bela dama Catherine.

Apesar do fato de que esse casal era obviamente diferente da maioria das famílias, eles sempre mantiveram um casamento forte. Eles tiveram 6 filhos, 4 dos quais herdaram as características do pai. Os descendentes mais famosos de Petrus e Catherine são as meninas Magdalena e Antoinette.

Quando Catarina faleceu, a família Gonsalvus precisou abandonar o reino e partiram para a Itália, onde ficaram sob a supervisão de Margaret de Parma. Petrus morreu aos 81 anos e sua história não só serviu como inspiração para Bela e a Fera, mas, também, abriu as portas do estudo sobre a hipertricose.

04. Martin e Anna Bates

Anna não tinha nada mais e nada menos que 2,22cm de altura e isso não foi empecilho para que ela encontrasse um marido. Foi aos 15 anos que sua ‘anormalidade’ começou a ficar evidente e aos 25 anos se apaixonou pelo artista circense Martin Bates, que tinha a mesma doença de Anna, também cresceu mais do que todos em sua família e media 2 metros de altura.

Ambos se casaram e não ficaram famosos só pela altura, pois eram pessoas muito talentosas para atuação e música, mas, não conseguiram ter filhos, nas duas tentativas os bebês não viveram por muito tempo. 9 anos após o ocorrido, Anna infartou e veio a falecer, Martin, posteriormente, casou-se novamente com uma mulher de estatura mediana.

05. Ella Harper

Mesmo com um rosto belíssimo, a primeira coisa que enxergavam em Ella era seus joelhos recurvados, onde a única maneira que ela tinha para se locomover era engatinhando, e se juntou a um grupo de circo com 12 anos de idade, recebendo o apelido de ‘Menina Camelo’. Ella ganhava 200 dólares por semana, o que equivale a 5 mil dólares atualmente.

Com 16 anos resolveu abandonar os espetáculos e ir pra escola, casou-se aos 25 e teve uma filha que morreu pouco antes de completar um ano de idade. Com 48 anos, Ella e seu esposo adotaram uma recém-nascida, que faleceu aos 3 meses.

Ella veio a óbito com 51 anos e foi enterrada ao lado das duas filhas.

06. William Stanley Milligan

William sofria de um distúrbio psicológico raro onde tinha até 24 personalidades diferentes e ele só controlava uma delas, pois não tinha controle sobre as outras.

Dentre tantas personalidades, haviam as mais fortes, que sabiam da existência das demais e queriam controlá-las, enquanto as mais fracas não tinham nenhum tipo de poder sobre as outras. Umas o ajudavam, enquanto outras possuíam objetivos destrutivos.

Em sua mente havia homens, mulheres, crianças, pessoas com inteligência altíssima e até mesmo criminosas, que fizeram com que William fosse parar em um tribunal.

O juiz que ouviu as opiniões de especialistas não condenou Billy à prisão. Em vez disso, ele foi enviado para tratamento psiquiátrico. Billy passou 10 anos na clínica psiquiátrica e, no final, acabou sendo liberado. Depois que foi libertado, Billy criou uma pequena produtora de filmes que faliu após não ter lançado um único filme. Tempos depois, se isolou de todos e faleceu aos 59 anos em uma casa de repouso.

07. June e Jennifer Gibbons

Foi em 1963, em Barbados, que as irmãs Gibbons nasceram e logo foram apelidadas de ‘gêmeas silenciosas’, pois não se comunicavam com ninguém, entretanto, seus pais descobriram que ambas não eram mudas, pois se falavam uma com a outra em uma língua em que só elas entendiam.

Então, os pais colocaram cada uma em uma escola, para que fossem obrigadas a se comunicar com outras crianças, mas isso só deixou as coisas ainda pior, pois quando chegavam em casa, queriam se proteger do mundo e passavam o tempo todo trancadas no quarto escrevendo poemas e histórias (grande parte delas criminosas). Quando as irmãs pararam de escrever sobre os crimes dos outros, elas começaram a cometer seus próprios crimes, uma série de assaltos e incêndios.

Foram levadas separadamente para um hospital psiquiátrico em celas separadas, e lá surpreendiam os enfermeiros, pois ficavam na mesma posição ao mesmo tempo. Uma jornalista chamada Marjorie Williams lutou pelas meninas por 11 anos e no final ela finalmente ajudou a transferir as gêmeas para um hospital normal. Antes de se mudar, Jennifer disse a ela: “Marjorie, Marjorie, vou ter que morrer”. Depois da entrevista, ela foi perguntada por que e ela disse: “Porque decidimos”. E ela realmente morreu.

Segundo ela, uma das meninas precisava morrer para que a outra vivesse livremente. “Mas essa minha irmã, uma sombra escura me roubando a luz do sol, é o meu primeiro e único tormento, nos tornamos inimigos fatais nos olhos um do outro”. Jennifer escreveu. “Sentimos os irritantes raios mortais saindo de nossos corpos, picando a pele um do outro. Eu digo para mim mesmo: posso me livrar da minha própria sombra – impossível ou não? Sem minha sombra, eu morreria? Sem minha sombra, eu ganharia vida, estaria livre ou seria deixada para morrer? Sem minha sombra, que eu identifico com um rosto de miséria, engano, assassinato”.

Após a morte de Jennifer, June começou a falar com seus parentes e até trabalhou por um período em uma loja de caridade.