Usar um banheiro público sempre nos deixa um pouco… nauseados. Eles são cheios de coisas que outras pessoas tocaram sabe-se lá como, desde maçanetas e dispositivos de descarga, até as pias e os secadores de mãos. E você sabe que nem todas essas pessoas lavaram as mãos. Ainda bem que você sempre lava as suas, certo? – apesar de que, infelizmente, apenas 6 em cada 10 pessoas fazem o mesmo, tornando o local extremamente propício para a propagação de bactérias.
Será que está seco?
Sobre o título do artigo, sim, é verdade. Se você está preocupado com as bactérias, os secadores de mãos com ar quente são basicamente o último lugar em que você vai querer colocar as suas. De acordo com um novo estudo conduzido por Luz del Carmen Huesca da instituição UConn Health, os jatos de ar quente estão sugando as bactérias do banheiro e levando-as novamente para as suas mãos.
A evidência é bastante inegável. Huesca-Espitia expôs placas de Petri a secadores de ar quente (sem mãos) em condições diferentes – algumas ficaram recebendo por dois minutos os jatos e outras foram expostas por apenas 30 segundos. Em ambos os casos, houve a proliferação de uma colônia de bactérias nas placas. No primeiro caso, 254 colônias; no segundo, 60. Imagine só o que poderia virar nas suas mãos?
Quando os pesquisadores instalaram filtros de ar de alta eficiência (HEPA) nos secadores para reduzir as bactérias que os dispositivos absorviam, eles produziram cerca de 75% menos colônias. É meio óbvio quando você pensa sobre isso: o ar na secadora vem de algum lugar, e o ar do banheiro não é exatamente dos mais limpos – os sanitários sem tampa podem espalhar bactérias em uma área de quase seis metros quadrados. Mas pelo menos o experimento com os filtros demonstrou que as colônias bacterianas não estão se espalhando dentro dos próprios secadores.
Tudo tem sua proporção
Vamos ser claros: Huesca-Espitia e sua equipe não estão dizendo que você não deve deixar de usar os secador de mãos de ar quente. É muito mais fácil para as bactérias sobreviverem em mãos molhadas. Além disso, a maioria das bactérias que a equipe descobriu nas placas de Petri sem secador era inofensiva, sendo de certo modo benignas para as pessoas. Finalmente – e isso não pode ser subestimado – seu experimento foi realizado em uma instalação de pesquisa científica, onde muitas outras pessoas estavam trabalhando com bactérias em uma base diária. Sem dúvida, algumas bactérias rastreadas neste estudo originaram-se não no banheiro, mas no laboratório de outro cientista.
Ainda assim, se você tiver opções de secagem à mão, talvez queira optar pela escolha menos infecciosa. As toalhas de papel ainda estão no topo, classificando-se como mais seguras e máxima redução bacteriana (e, no que diz respeito à ecologia, elas são até mesmo mais amigáveis ao meio ambiente do que os secadores de mãos tradicionais). Os dispensadores também são importantes – as máquinas automáticas de papel toalha minimizam o contato com os usuários anteriores, mantendo assim as mãos limpas por períodos maiores de tempo, enquanto os dispensadores de pano onde todos compartilham a mesma toalha longa o deixam desconfortavelmente perto dos pontos úmidos da última pessoa.
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