Alguns anos atrás, a Noruega tomou a dianteira e tornou-se o primeiro país do mundo a proibir a prática do desmatamento. Agora, os noruegueses dão um passo adiante uma vez mais na tentativa de reduzir os impactos globais do desmatamento e da poluição.
A iniciativa consiste em promover políticas de desmatamento zero não só em solo norueguês, mas em nações aliadas, a não conceder licitações e contratos governamentais à empresas que desmatam, poluem ou não fazem questão de cumprir determinações ambientais.
“É altamente positivo que o estado norueguês esteja agora seguindo o mesmo caminho e fazendo as mesmas exigências quando se trata de compras públicas. Outros países devem seguir a liderança da Noruega e adotar compromissos similares de desmatamento zero ”, diz Nils Hermann Ranum, da Rainforest Foundation Norway, em uma mensagem publicada no site da ONG.
História
Em setembro do ano passado a Noruega surpreendeu o mundo ao banir do seu território, via projeto de lei, o corte de árvores, proibindo também a compra de produtos importados que tenham contribuído negativamente, de alguma forma, com o desmatamento.
O próximo passo foi promover políticas públicas de aumento da produtividade e plantio consciente de soja e madeira para extração, além de áreas para criação de gado. Estes são os responsáveis pela maior parte do desmatamento humano.
Segundo a ONG Climate Action, a produção de soja, carne bovina, óleo de palma e produtos de madeira de sete países ao redor do mundo com elevadas taxas de desmatamento (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Indonésia, Malásia e Papua Nova Guiné) são responsáveis por 40% de todo o desmatamento tropical do planeta, além de 44% das emissões de CO2 entre 2000-2011.
De modo a frear esse número, a Noruega investiu milhões de dólares em políticas pró-meio ambiente no Brasil, Indonésia e Libéria.
Tal iniciativa foi ratificada na Recomendação do Comitê Permanente de Energia e Meio Ambiente do Parlamento no ano passado.
Desmatamento
Caso as taxas de desmatamento permaneçam aos níveis de hoje, as florestas tropicais desaparecerão totalmente em 100 anos. Um número chocante, sabendo que 80% dos animais e plantas do mundo vivem em florestas, dificilmente sobrevivendo em outros habitats.
O grande vilão do desmatamento é a agricultura predatória. Agricultores mal-intencionados, uma infeliz minoria no setor primário, promovem corte e queima de áreas correspondentes a dezenas de campos de futebol sem consultar o estado, tampouco os moradores dos arredores.
Quando os agricultores limpam suas florestas e as queimam, o carbono nas árvores libera dióxido de carbono, um dos maiores contribuintes para a mudança climática.
“Esta é uma importante vitória na luta pela proteção da floresta tropical. Nos últimos anos, várias empresas se comprometeram a interromper a aquisição de bens que podem estar ligados à destruição da floresta tropical ”, disse Nils Hermann Ranum.
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Fonte: SNB