Evita Patcey Edgar Delmundo é uma jovem de 20 anos que durante muitos anos sentiu na pele o que é ser vítima de bullying. Quando ia pra escola, ‘monstro’ e ‘biscoito de chocolate’ eram alguns dos apelidos que ela ouvia diariamente por conta das pintas e manchas que têm espalhadas por todo o corpo.
Entretanto, o mundo não gira, ele capota, e hoje, todos aqueles que zombaram de Patcey, ficaram surpreendidos com a mensagem que ela está tentando levar para os quatro cantos do mundo.
Embora muita gente lute contra isso, a aparência é um fator muito importante, é difícil alguém se sentir seguro quando sofre de algum tipo de anomalia.
Patcey afirmou em uma entrevista: “Eu estou acostumada às pessoas me olhando. As vezes, acho isso muito divertido, as garotas ficaram surpresas quando me viram. Elas me disseram que eu era corajosa para tentar uma audição em um concurso de Miss e me desejaram sorte“.
A rara condição de Patcey é conhecida como ‘Nevo Melanocítico Congênito Gigante’: “Primeiramente, isso não é uma doença, elas são apenas pintas normais. Eu me encontrei com especialistas e eles disseram que não é uma doença de pele, na escola primária, ninguém queria ser meu amigo, lembro-me de uma professora ter de pedir para duas meninas que me acompanhassem durante o recreio e elas estavam sussurrando ‘por que temos que tratá-la como uma princesa?”.
Patcey é a segunda criança entre cinco irmãos, e relata que quando entrou para o ensino médio as coisas começaram a mudar, pois os alunos eram mais receptivos à ela, embora tivesse a certeza que a maior ‘aceitação’ era por conta de sua mãe ser professora do colégio.
“Ninguém me provocou e pela primeira vez me senti como um ser humano normal, eu me senti um pouco insegura, mas, quando eu tinha 16 anos, eu me juntei a um acampamento espiritual da igreja e foi quando eu percebi plenamente que a minha condição não deveria ser um obstáculo para eu viver a vida…
… Aprendi a aceitar minhas marcas de nascença e a me amar, eu lentamente ganhei confiança para mostrar a minha singularidade e comecei a ser mais ativa participando de competições de canto. Meus amigos perceberam minhas mudanças e eles me apoiaram”, contou Patsey.
Ela sempre admirou mulheres de concursos de beleza, e seu desejo de participar de um deles foi quando a filipina Pia Wurtzbach foi eleita Miss Universo 2015.
Agora, Patcey é totalmente segura de si e sempre está envolvida com organizações não-governamentais (ONG’s) para combater o bullying na infância.