Peter Tabichi mora no Quênia e ama ser professor, ele dá aula de ciências para crianças em uma pequena aldeia, em Pwani, porém, não há tanta estrutura para que seus alunos aprendam bem, na escola não tem biblioteca, laboratório, e a internet tem uma péssima conectividade.
Para agravar a situação, 30% das crianças são órfãs, com isso, Peter não faz papel apenas de professor, ele trabalha também para ajudar as crianças no dia a dia e qualificar cada uma delas para competições internacionais e faculdade. Em meio às lutas, ele tem um motivo pra comemorar: foi eleito o melhor professor do mundo.
Nove professores foram pra final do Global Teacher Prize, o ‘nobel da educação’, inclusive a brasileira Débora Garofalo, de São Paulo. O prêmio de Peter? 1 milhão de dólares, e ele foi até Dubai pessoalmente receber a quantia: “Eu me sinto ótimo. Eu não posso acreditar. Eu me sinto muito feliz por estar entre os melhores professores do mundo, sendo o melhor do mundo”, declarou Peter à Associated Press.
Ele quer usar parte do dinheiro para fazer melhorias na escola em que leciona e ajudar na alimentação de pessoas carentes que vivem na região em que ele mora. Se você pensa que ele só vai ajudar porque agora se tornou milionário, está muito enganado, Peter faz isso há anos.
O professor, mensalmente, doa 80% de seu salário para os mais necessitados em Pwani, e isso também contou para que ele fosse o grande vencedor da noite. Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, lançou um comunicado parabenizando Peter pela conquista.