Russell O’Grady, de 48 anos, tem síndrome de down e acabou de completar 30 anos de trabalho no Mc Donald’s, onde foi contratado quando tinha apenas 18, em 1986, em Northmead, Sydney (Austrália).

Geof, o pai de Russell, afirmou que desde que começou a trabalhar no Mc Donald’s, o filho se tornou “pessoa mais conhecida da cidade”. “As pessoas o reconhecem na rua e o chamam para cumprimentá-lo”, disse Geoff.

“Ele é muito carinhoso, amado e apreciado pelas pessoas, a tal ponto que às vezes simplesmente não acreditamos”. Geoff disse, ainda, que sempre foi “extremamente orgulhoso” de seu filho, mas nunca pensou que a comunidade o abraçaria da maneira como o fez: “Os clientes o amam assim como o amamos”, relata.

“Alguém perguntou a Russell uma vez: ‘você é deficiente?’, e sua resposta foi ‘eu costumava ser quando eu ia para a escola, mas agora eu trabalho no McDonald’s”, disse Geoff. “Trabalhar por lá o fez se sentir tão normal quanto todos os outros empregados”.

Russell foi contratado como estagiário, mas, desde então, se tornou uma peça fundamental do estabelecimento, muito clientes, inclusive, vão até lá especialmente para vê-lo. Katie Chlyer é assistente da loja, e não poupa elogios ao rapaz:

“Você se sente feliz por tê-lo aqui, ele é incrível de se ter por perto”, ela disse. “Ele é muito querido, sempre vem até mim para me cumprimentar, conversar, dar tchau, sempre, sem falta – é um cavalheiro”.

“Ele é engraçado, chegando ao trabalho sempre pergunto o que ele está ouvindo no fone de ouvido, e a resposta é sempre a mesma: The Beatles. Ele ama os Beatles”, disse.

Claro, o pai se enche de orgulho e diz que Russell pode contar os dedos o lugar onde consegue ir sem que não seja reconhecido: “Ele é uma pessoa incrivelmente social e mal consegue andar na rua sem que as pessoas parem para conversar com ele ou lhe comprar uma cerveja no clube”.

Muito sucesso para Russell, que esses 30 anos de emprego possa se transformar em muitos outros de amor e competência, foi graças a essa oportunidade que ele teve a oportunidade de ‘conhecer o mundo real’ e desenvolver duas habilidades com as pessoas.