O mês de abril foi marcado nos Estados Unidos por um debate que até então fazia tempo que não ficava em evidência: a obrigatoriedade da vacinação para doenças contagiosas. Jarome Kunkel, de 18 anos, ganhou ‘fama’ após processar seu colégio, na cidade de Walton, por ter sido suspenso após não ter aceitado tomar vacina contra catapora.
Acontece que Jerome não só perdeu o processo, como também, contraiu a doença, é mole?
A ordem de suspensão para alunos não imunizados veio do Departamento de Saúde do Norte de Kentucky, com o intuito de tentar barrar o surto da catapora, que já se estende por quase duas décadas no país. De acordo com o portal BBC, o jovem se negou a tomar a vacina por motivos religiosos.
A catapora causa bastante irritação na pele, além de febre e erupções avermelhadas, mas, não costuma levar ao óbito. Na escola de Jerome, por exemplo, 32 alunos contraíram a doença, e o colégio cumpriu a orientação de suspender quem se recusasse a ser imunizado.
O advogado de Jerome, Christopher Weist, alegou no processo que a vacinação era ‘ilegal, imoral e pecaminosa’, violando, assim, os direitos do jovem. Além disso, o pai do rapaz, Bill Kunkel, acredita que as vacinas vêm de ‘fetos abortados’, o que contraria os princípios religiosos da família.
O homem criou esse argumento com base nos primeiros testes da vacina contra a catapora, na década de 60, onde foram utilizados tecidos imaturos para a produção do antivírus.
A Justiça, por sua vez, ficou do lado do Departamento de Saúde e confirmou que Jerome não tinha o direito de frequentar o colégio e nem realizar atividades complementares sem ter tomado a vacina.
Atualmente, são registrados 12 mil casos de catapora todos os anos nos Estados Unidos, entretanto, antes das campanhas de vacinação começarem, esse número costumava ser superior a 4 milhões.