Os alemães não são como os brasileiros que precisam enfrentar uma longa jornada de trabalho todos os dias, por lá eles trabalhavam 35 horas por semana e ainda achavam ruim, tanto que entraram em greve para que essa carga horária fosse reduzida… E ela foi!
Nos anos 80 ficou estabelecido que na Alemanha todas as pessoas trabalhariam 35 horas por semana, um feito histórico já que muitos países, como o Chile, ainda têm jornadas de 45 horas semanais. Porém com o passar do tempo, o paradigma de que ‘mais horas de trabalho, mais o funcionário produz’ foi caindo por terra e hoje ninguém ainda acredita que essa seja a verdade.
Grécia e Venezuela são dois países onde a jornada de trabalho pode chegar à 40 horas semanais e estão bem distantes da super potência que a Alemanha é, inclusive um produto com o selo ‘Made in Germany’ é sinônimo de qualidade.
O sindicato alemão de trabalhadores tem um papel fundamental na construção dessa cultura com milhões de afiliados e aproximadamente 4 milhões de pessoas estão empregadas. Muitas empresas estão vinculadas com o grande sindicato IG Metall, como a Mercedes-Benz.
Muitos outros pontos foram modificados além da redução da carga horária semanal, tudo pra garantir o bem-estar do trabalhador, mas quem optar por reduzir o horário de trabalho (já que não é obrigatório) terá a ciência de que o salário será compatível com a nova escala.
Outro ponto que vale a pena ressaltar é o fato de que os trabalhadores podem substituir uma porcentagem do salário por dias de folga. O sindicato alemão pontuou alguns dos benefícios que os trabalhadores terão com essas alterações:
– Melhora no clima e satisfação no trabalho;
– Aumenta a produtividade;
– Reduz o presentismo (quando o funcionário está presente, mas apenas fisicamente);
– Aumenta os momentos que os trabalhadores terão com a família;
Já imaginou se todos os países fossem assim?