Como acabar com a pobreza do mundo? Pois bem, tenho certeza que alguma vez na vida você já pensou que esse problema seria resolvido se o governo simplesmente imprimisse mais notas de dinheiro, afinal essa é a questão para diminuir a fome, falta de acesso à educação, desigualdade social, dentre outros.
Entretanto, essa estratégia não é tão simples assim e nem a melhor ideia, para isso vamos usar um caso que realmente aconteceu para comprovar que essa alternativa não é a mais eficaz.
O ilustre Juscelino Kubitschek, que governou o país de 1956 a 1961, quis expandir o Brasil e para bancar os custos de seu projeto exigiu que mais dinheiro fosse impresso, porém o processo de inflação decorrente foi tão grande que só foi ‘controlado’ com o plano real, em 1994.
Pra você ter ideia, a inflação anual de 1993 chegou a 2.477%, um número assustadoramente alto!
Imprimir dinheiro não acabaria com a pobreza, as pessoas continuaram na miséria, mas com um bolo de notas desvalorizadas em seus bolsos. Em 1946 o governo da Hungria também decidiu imprimir dinheiro desenfreadamente para suprir os gastos com a Segunda Guerra, sabe o que aconteceu? O preço das coisas simplesmente dobrava de 15 em 15 horas.
Afinal o que aconteceria se o Banco Central imprimisse mais notas?
De início as coisas iriam bem, afinal com mais dinheiro as pessoas gastariam mais e impulsionariam a economia de diversos setores, aumentando as atividades e também os lucros.
Porém, com todo esse dinheiro circulando a demanda por serviços e bens iria aumentar. O dinheiro funciona apenas como ferramenta de troca, já que o valor real da economia é o produto a ser trocado, e não o dinheiro em si.
Com isso as empresas teriam que se esforçar para produzir o máximo que conseguissem, até chegar o momento em que todos os bens ficariam escassos e o preço das coisas iria subir para reequilibrar o poder de compra com a capacidade de produção em curto prazo.
Agora deu pra perceber o porquê do Banco Central não sair imprimindo dinheiro para ‘acabar’ com os problemas do mundo.