Se você pesquisasse sobre Moçambique até pouco tempo atrás ia se surpreender ao descobrir que por lá eles tinham o costume de vender crianças por produtos banais, como um cesto de roupas, por exemplo, tudo para defender a tradição do casamento entre crianças e adultos.
Felizmente Filipe Nyusi resolveu mudar a história do país e assinou a Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras, sendo assim o casamento infantil em Moçambique está proibido. O familiar que vender a criança poderá pegar oito anos de prisão, enquanto o cônjuge vai passar doze anos atrás das grades.
Moçambique liderava o ranking de países com uniões prematuras, logo após a lei entrar em vigor sete meninas foram resgatadas e seus maridos detidos, entretanto esse número é muito pequeno se comparado com todos os outros casos que ainda há no país.
“Temos muitos homens que trabalham na África do Sul. Estando lá, eles solicitam meninas de Moçambique. Depois disso, muitos pais acabam entregando meninas ainda em idades escolares”, disse António Chissambe, educador de Machaze.
“Manica parecer a província moçambicana mais afetada pelo fenômeno. Por isso, muitas meninas, sobretudo de famílias pobres, são prometidas em casamento antes mesmo de nascerem”, afirmou Chissambe. Sendo assim, quando as mulheres engravidam, elas não têm condições de arcar com as despesas do bebê e o vende ainda quando está na barriga.
Essa nova lei é um marco histórico no país, agora o foco é criar outra política para mudar condições, atitudes e comportamentos da população. Entretanto, não pense que essa realidade está distante de nós, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de casamentos infantis e o primeiro lugar quando avaliam somente a América Latina.