Os números de infectados e mortos não paravam de subir na Itália e Espanha, o mundo inteiro voltou os olhares para esses dois países que vivem um dos piores momentos da história, entretanto parece que todas as medidas adotadas pelo governo estão obtendo um resultado positivo.
Na Itália, por exemplo, pela primeira vez em muitas semanas o número de pacientes nas UTI’s caiu, assim como o índice de vítimas fatais teve uma queda de 25% no sábado (4), em relação ao dia anterior. “São boas notícias, mas não devemos baixar a guarda”, disse o chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli.
“Se estes dados se confirmarem, teremos que pensar na fase 2, ou seja, no plano para reativar a Itália, que contempla a retomada de parte da atividade produtiva da terceira maior economia europeia. É um período de convívio com o vírus, por isso é importante manter as medidas que fizeram a curva cair”, afirmou Sílvio Brusaferro, presidente do Conselho Superior de Saúde (CSS).
“Nossas escolhas políticas foram baseadas em evidências científicas. Neste momento, não sei dizer quando o bloqueio terminará. Estamos seguindo as instruções do comitê científico, mas a Itália foi a primeira nação a enfrentar a emergência. Nossa resposta pode não ter sido perfeita, mas fizemos o nosso melhor, com base em nosso conhecimento“, concluiu o italiano.
Na Espanha os últimos dados também são reconfortantes, por dois dias seguidos o país apresentou uma baixa no número de mortos e a tendência é que continue assim.
O período de quarentena foi estendido até 26 de abril, conforme o primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, anunciou: “Os dados da semana e hoje confirmam a desaceleração das infecções. Confirmam que o confinamento está funcionando”.
Hans Kluge, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, tuitou sobre a Espanha: “Otimismo cuidadoso como resultado de medidas ousadas, abordagens inovadoras e decisões corajosas“.