Talal Al-Tinawi de 47 anos é um sírio que está no Brasil desde 2013 juntamente com sua mulher e os três filhos, refugiado de guerra, o homem montou um restaurante assim que chegou em São Paulo e agora criou um bordão que muita gente quer ouvir: “Boa tarde! Essa é para você: uma marmita do Talal”.
Agora em meio ao coronavírus, ele decidiu doar 300 marmitas para pessoas que fazem parte do grupo de risco: “Os brasileiros me receberam muito bem, e eu pensei em fazer alguma coisa para agradecer. A comida e a entrega tudo de graça para ajudar os idosos a ficarem em casa”, aponta ele.
No último dia 23 o sírio usou as redes sociais para informar que as doações seriam feitas: “Esse tipo de quarentena a gente já teve na Síria por causa da guerra e é muito difícil. A gente sabe como os mais velhos estão se sentindo no momento, que é de não poder sair”, dizia a mensagem que também descrevia os sabores e o peso das marmitas.
Os internautas reagiram na mesma hora e muitos estão solicitando o recebimento das quentinhas: “Minha mãe está sozinha há vários dias, eu tenho 60 anos e não posso levar as coisas para ela. Se puder levar, agradeço”, dizia uma delas.
“Estou com meu sogro de 92 anos, ontem faleceu a mulher dele e gostaria de fornecer sua alimentação”, escreveu outra pessoa.
Todos os cuidados de higiene são tomados para evitar o risco de contaminação tanto de sua equipe como também dos que irão receber a alimentação: “Usamos luvas, máscara e sempre ando com álcool em gel no carro”.
“Agradeço a todos que aceitaram minha marmita e peço desculpas por não poder continuar porque a minha situação financeira não permite”, diz seu post. Atualmente a família trabalha apenas com delivery e viu o número de pedidos cair drasticamente desde que o coronavírus se espalhou.