Leonardo Cambruzzi Maziero, de 11 anos, comoveu o Brasil inteiro quando vendeu todas as latinhas que juntou na semana e doou os R$ 21,45 arrecadados para o único hospital de sua cidade. Ele e a família receberam uma ordem de despejo e recorreram à Defensoria Pública para não ficarem sem ter onde morar.
Zuleide e Adair Maziero, pais de Leonardo, juntamente com os outros filhos Rafael, de 13 anos e Eduardo de 4, recebem o Bolsa Família (R$ 212,00) e o Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência, que equivale a um salário mínimo.
Danusa Antonia Ceccato, defensora pública, informou que a doação da casa não teve relação com o ato solidário do menino, isso porque a administração da cidade já estava de olho na família desde fevereiro.
“A assistência foi até o local e atestou que era bem precário. No início de março, meu colega entrou com uma ação judicial pedindo direito à moradia. Em Antônio Prado, o pedido foi indeferido em função da legislação eleitoral. Mas recorremos ao Tribunal de Justiça e, no dia 25 de março, houve a determinação para que eles fossem inseridos num programa habitacional ou que o município concedesse o aluguel social”, explica Danusa.
“Pelo menos, momentaneamente, eles vão ter essa moradia digna”, finalizou ela.