O festival Esala Perahera ocorre anualmente na Sri Lanka e chama atenção do mundo inteiro, as ruas do país ganham diversas cores em um espetáculo repleto de dançarinos e elefantes vestidos com roupas elaboradas. Porém, no meio de tanto glamour há algo chocante que tentam esconder: os maus-tratos que esses animais sofrem.
“Ninguém vê seu corpo ósseo ou sua condição enfraquecida, por causa de seu traje. Ninguém vê lágrimas nos olhos, feridas pelas luzes brilhantes que decoram sua máscara”, disse uma mulher que se assustou ao ver as reais situações de Tikiri, uma elefanta de 70 anos, muito doente, que só deixou em evidência a crueldade que esses bichos sofrem. Tikiri é magra, desnutrida, com as costelas em evidência e nenhuma carne entre pele e osso.
A imagem foi compartilhada no perfil da Save Elephant Foundation, da Tailândia. “Ela caminha muitos quilômetros todas as noites para que as pessoas se sintam abençoadas durante a cerimônia. Ninguém vê sua dificuldade em pisar, pois suas pernas são curtas e algemadas enquanto ela caminha…
… Como podemos chamar isso de uma bênção, ou algo sagrado, se fizermos que outras vidas sofram?”, este foi o texto compartilhado na rede social com a triste foto da elefanta caída no chão.
Felizmente a imagem viralizou e muitas pessoas estão escrevendo para o primeiro-ministro da Sri Lanka pedindo o fim dessa tortura e abuso bárbaro. “Nesta fase, estamos pedindo às pessoas que pressionem o governo do Sri Lanka a tomar medidas imediatas”, disse a organização à CNN . Uma petição da Change.org foi criada e já está chegando em 100.000 assinaturas. Bora assinar também?
“No dia em que a encontramos, o veterinário disse que ela é forte e está bem para caminhar ??? Algumas pessoas são cegas em seus corações e se importam menos com outras”, escreveu a Save Elephant Foundation. “Não podemos simplesmente deixá-lo em silêncio. Hora de se levantar e tomar medidas para proteger os outros que ainda sofrem e estão esperando nossa voz”.
“As autoridades do Sri Lanka devem parar de permitir tal crueldade atroz e enviar este pobre elefante a um santuário respeitável, onde ela pode ser avaliada por veterinários e, se o tratamento for viável, viver seus anos restantes em paz”, continuam eles.
Até mesmo os filhotes acabam sendo vítimas de maus-tratos durante o ‘treinamento’, onde usam uma ferramenta conhecida como “um instrumento de aparência malévola, com cerca de um metro e meio de comprimento, com uma combinação afiada de ponta e gancho de metal em um fim”. Mesmo com tanto empenho das organizações, como a Save Elephant, há um longo caminho pela frente para que esses animais sejam tratados como merecem.