Em 2019, a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, aumentou a idade mínima de comprar cigarros para 21 anos, e embora essa atitude parecia ser positiva e bem sucedida, a Nova Zelândia mostrou que sempre há como avançar nessa questão. Os governantes do país querem impor a proibição total do fumo até 2025, e recentemente criaram um projeto de lei que impede que qualquer pessoa nascida depois de 2004 compre cigarro.
A ministra da saúde, Ayesha Verral, afirmou em meados de abril que é preciso fazer uma nova abordagem sobre o assunto: “Cerca de 4.500 neozelandeses morrem todos os anos por causa do tabaco, e precisamos fazer um progresso acelerado para poder alcançar essa meta [de ser livres do fumo até 2025]. Negócios como de costume, sem um programa de controle do tabagismo, não nos levarão lá”.
“Essa proposta vai além de ajudar as pessoas a pararem de fumar. Essas iniquidades gritantes são a razão pela qual precisamos proteger as gerações futuras dos malefícios do tabaco”, disse ela. “O tabaco é o produto de consumo mais prejudicial da história e precisa ser eliminado gradualmente”, completou.
Entretanto, muitos partidos políticos estão criticando essa proposta de proibição, assim como proprietários de lojas de conveniência, que podem enfrentar uma possível falência, além de abrir caminho para uma provável criação de mercado negro de tabaco no país:
“As evidências indicam que a quantidade de produtos de tabaco contrabandeados para a Nova Zelândia aumentou substancialmente nos últimos anos e que grupos criminosos organizados estão envolvidos no contrabando em grande escala”, diz o documento da proposta. Com certeza essa lei melhoraria muito a saúde e o meio-ambiente de todo o território da Nova Zelândia, mas será que ela sairá do papel?