De onde surgiu a escrita? Os homens das cavernas usavam ferramentas e outros elementos para se comunicar, até que a tecnologia avançou e as canetas esferográficas apareceram, no final do século XIX. Na verdade, foi nessa época que lançaram a primeira patente de uma caneta, que apresentava esfera rolante na ponta, sob registro do norte-americano John J. Loud, em 1888 (imagem abaixo).
Em contrapartida, o objeto se popularizou apenas quarenta e dois anos mais tarde, pelas mãos do jornalista húngaro László József Bíró (imagem abaixo), naturalizado na Argentina. O modelo de Loud era capaz de escrever em superfícies duras, mas bastante limitado e distante da eficácia que as canetas apresentam hoje em dia, por isso não vingou e a patente foi expirada.
Duas décadas após a morte de John, Bíró decidiu desenvolver uma nova versão do utensílio, com uma tinta diferente, mais leve e portátil, onde recebeu o nome de ‘Birome’. Por ser molhada no cartucho interno, permitia uma escrita fácil e macia sobre qualquer tipo de papel, além de secar rapidamente – o que resolveria os problemas das velhas e ultrapassadas canetas tinteiras.
À esquerda, a Birome, primeira esferográfica do mundo; à direita, anúncio da caneta na Argentina
Empresas como Eberhard Faber Co. e Eversharp Co. logo se interessaram pelo produto e adquiriram o direito de venda nos Estados Unidos e outras partes do mundo. Em 1945, o empresário francês Marcel Bich comprou a patente para transformar a esferográfica no principal produto de sua empresa: a Bic.
László József Bíró faleceu em Buenos Aires aos 86 anos, em 1985, mas seu legado está presente na vida de todos nós. Estima-se que a Bic já tenha vendido mais de 100 bilhões de canetas esferográficas ao redor do planeta, e sem dúvidas esse número aumenta cada dia mais.