O sr. Antônio Tunouti, aposentado de 81 anos, conseguiu realizar um sonho de longa, longa data: ingressar no ensino superior no curso que sempre sonhou.
Ele foi aprovado no curso de Letras da UEL – Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. De quebra, tornou-se a pessoa mais velha a passar no vestibular da instituição.
“Resolvi prestar vestibular porque é melhor ver um velho caduco na faculdade do que na rede hospitalar”, brincou Antônio.
O idoso conta que realizou a prova sem ter estudando, valendo-se apenas do conhecimento adquirido quando mais novo. “Fiquei muito feliz com a aprovação porque eu vi que os meus neurônios ainda estão dando conta do recado.”
O próximo passo do sr. Antônio é escrever um livro sobre o norte do Paraná, abordando a história e geografia da rica região.
Aposentado há 20 anos, ele tinha outros diplomas. Formou-se em Farmácia em 1959, quando tinha apenas 21 anos, pela UFPR. Trabalhou por mais de uma década como vendedor propagandista de medicamentos.
Em 1974, ingressou na faculdade de Direito pela UEL, dando um novo rumo à carreira. Cinco anos depois, se formou.
Unindo seus conhecimentos adquiridos no curso de Farmácia e de Direito, trabalhou como advogado até setembro de 2014, aposentando-se aos 77 anos.
Acomodar-se, jamais!
A última coisa que Antônio queria era ficar parado em casa após a aposentadoria. Logo ele quis começar algo diferente, dando novos perspectivas e significados para a própria vida.
Matriculou-se num curso de 1 ano para corretor de imóveis, mas viu que a área não era pra ele. Tentou aproveitar o hobbie de pintar quadros em casa, mas como não fazia um perfil dos mais caseiros, rapidamente entendiou-se.
Prestar vestibular na UEL foi a saída ideal que o idoso encontrou e a felicidade foi alcançado com a notícia de sua aprovação.
“Foi uma surpresa ter sido tudo tão repentino e sem eu ter me preparado, mas é bom ver que, apesar de ser velho, ainda consegui usar o meu conhecimento”, afirma Antônio.
Sua família também ficou orgulhosa da aprovação.
“Eu estava tão ansiosa para ver o resultado que parecia que era eu que estava prestando o vestibular”, diz Deborah Yogi, neta de Antônio e estudante de Psicologia.
“Ele sempre falou sobre prestar vestibular novamente mas não pensávamos que ele levaria esse plano a sério. Foi uma surpresa muito boa”, concluiu.
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Fonte: SNB