O Milionário Chiquinho Scarpa anunciou nas redes sociais, no dia 16 (segunda) que iria enterrar seu “carrinho” um Bentley (novinho) com valor aproximado a R$1,075 milhoes, no jardim da sua casa. Chiquinho primeiramente postou só uma foto ao lado do veículo anunciando o enterro. “Decidi fazer como os faraós: essa semana vou enterrar meu carro favorito, o Bentley, aqui no jardim de casa! Enterrar meu tesouro no meu palácio”.
Pronto! O assunto virou mídia em todos os locais possíveis! Telejornais, revistas, redes sociais e até rádios locais de todas as cidades do Brasil, estavam divulgando e comentando a loucura e o desperdício de Chiquinho ao enterrar seu Bentley.
Com tantos comentários, pode-se ler desde um “azar é o dele” como xingamentos mais profundos com lições de moral do tipo “com tanta gente necessitando” “se doasse esse carro para dar comida aos pobres” e coisas do tipo.
Pois bem. Confesso que eu julguei também a ação com um “desperdício”. No começo nem imaginava que se tratava de uma ação publicitária (muito bem planejada e executada) mas logo logo, vi Chiquinho aparecendo em programas como CQC (Band) e Agora é Tarde, na Band também. E pensei comigo: “Aí tem!” Mas realmente não achei que fosse “tão” grande e tão bem produzida a ação realizada.
Tudo bem. Campanha legal, ação brilhante, impactante, calou a boca da mídia, marcou todos para a “doarem o bem mais precioso” que é o corpo humano. E, quem fez? quem teve a ideia? É isso que vamos contar para vocês.
Confira a entrevista do publicitário Marcelo Reis para a revista Veja – São Paulo
Sócio e vice-presidente de criação da agência Leo Burnett, o publicitário Marcelo Reis é o autor da campanha da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos que criou a polêmica do enterro do carro Bentley do playboy Chiquinho Scarpa. “Ele não cobrou cachê e a campanha custou cerca de 15 000 reais” Saiba outros detalhes:
De onde surgiu a ideia de promover o falso enterro do Bentley?
Nada é mais importante para alguém do que os órgãos, bem mais do um carro ou apartamento. Com esse raciocínio de que nada vale mais que um órgão, pensamos: imagina uma pessoa cheia de dinheiro concordasse em ver seu bem material enterrado como os faraós do Egito?
Como surgiu o nome do Chiquinho como o autor da pegadinha?
O nome dele foi o primeiro, até porque tem o título de conde. Ligamos para o Chiquinho em um dia e, no nbso outro, estávamos fazendo o convite pessoalmente na casa dele. Ele comprou a briga e aceitou a ser boi de piranha. Lembro que o Chiquinho falou: “As pessoas já acham que eu sou louco mesmo, então vão acreditar que eu vou enterrar meu Bentley.”
Foi ele quem sugeriu o Bentley?
Sim, ele falou que o carro tinha a ver com nobreza.
Teve medo de que o tiro saísse pela culatra?
Na verdade, nosso medo era de que as pessoas ficassem bravas por acharem que plantamos uma notícia falsa. Então a ideia foi o Chiquinho colocar uma foto dele cavando o buraco nas redes sociais, porque daí a imprensa poderia procurá-lo. Ou seja, não plantamos notícia falsa nas redações. Um detalhe curioso: o Chiquinho pediu para fazer o primeiro buraco no jardim da casa dele. Também planejamos a entrevista dele no programa do Danilo Gentili, da Band.
O Chiquinho ganhou cachê?
Não. Essa campanha toda custou cerca de 15 000 reais. Gastamos com a retroescavadeira para tirar terra e também com seguranças para proteger a casa do Chiquinho hoje, pois tínhamos receio de ter algum protesto. Deu tudo certo, as pessoas gostaram da nossa proposta de colocar a discussão da doação de órgãos na pauta da imprensa.
Confira algumas fotos do evento feitas por Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News
Foto: Manuela Scarpa /Foto Rio News